Lojas de "segunda mão" nos últimos 10 anos tiveram a sua reputação enobrecida. Não tem mais o mesmo status e pseudônimo, como também se tornaram refúgio daqueles que procuram singularidade, um bom negócio e estilo que foge de tendências. Agora mais conhecidas como "vintage shops" só competem com as lojas de aluguel da web e mesmo assim os vários tipos (alta costura, de consignação e warehouses) garantem soberania na contemporaneidade da moda.
Nos tempos da minha mãe ter algum item usado no seu guardaroupa significava uma certa aversão social ao que pertenceu a outra pessoa (agora muito menos, mas ainda existe). O novo tem valor semelhante ao usado reinventado e a moda tem vivido o nada se cria, tudo se copia e logo se transforma. Exclusividade tem outro significado na atualidade. O vintage tem característica de absolutismo, pois você não encontrará aquele mesmo vestido de tecido nobre, feito sob medida com a impecabilidade de corte e acabamento do Alexander McQueen então vendido a preço de banana por U$ 350 implorando me leva pra casa porque a próxima não vai hesitar, caso decida voltar uma hora depois.
Quando falamos de tipos diferentes de vintage shops podemos classificar em como funciona e o que oferece. Consignação é mais comum entre as vintage shops mais high end, aquelas que você encontra maletas e baus da LV e Goyard, peças exclusivas da Chanel, Hermés, YSL, Dior e a cereja da alta costura. Chega a ser obra de arte que requer as vintage shops como galerias.
As subcategorias incluem boutiques que vendem vintage oferecendo uma mescla do novo com o antigo, e também comercializam acessórios, livros, vinil e pequenos apetrechos domésticos. Tem aquelas que compram e revendem e possuem um sistema de crédito após uma seleção que determina o estilo único daquela loja. E aquelas filantrópicas como a Salvation Army fundada no sec XIX pela igreja protestante como um dos seus feitios de caridade. É conhecida mundialmente e apenas recebe doações e revende a preços simbólicos.
A internet tem sido grande precursora no vintage e sites como o ebay e etsie também tem o "novo" vintage.
Minhas recomendações NYC vintage:
Amarcord - Super high end. Desde acessórios da Gucci, Chanel, Hermés até a clássica alta costura Chloe, DVF, Chanel, YSL, Jil Sander, e as mais extravagantes como Halston, Bill Blass, Comme des Garçon, Vivienne Westwood e marcas como a Marimekko e Liberty of London. Os preços são mais altos. Tem 3 localizações, uma no Soho e duas em Williamsburg.
Ina Vintage mais moderno. A impressão é de que alguém com um closet respeitável faliu e teve que vender tudo que tem para pagar as contas. Ha peças que chegam a custar U$9,000. Se você tem um orçamento, esta loja é recreacional.
Beacon's Closet Vintage mais heterogêneo e preços acessíveis. É possível achar alta costura, mas não é o forte. Tem um estilo mais "quirky" roupas e acessórios que parecem do tempo da vó. Inaugurou recentemente a sua mais nova localização no West Village em Manhattan.
Buffalo Exchange De todas as vintage shops, é provavelmente a que te da o maior valor pela troca. Assim como o Beacon's Closet, é necessário saber escolher, tem ar de boutique mas é preciso ter talento para enxergar peças que valem a pena.
New York Vintage Já esta loja vale a pena entrar só pra ver o bom gosto do dono e a sensação de ter entrado no passado. Todos os detalhes, os móveis, manequins, e o estilo se remete aos anos 30. Preços consideravelmente mais altos.
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